sábado, 14 de abril de 2012

13- 12 DIVULGANDO POETAS ASSOCIADOS


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13- 12   DIVULGANDO POETAS ASSOCIADOS
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TRANSFORMAÇÃO
             
              Lêda Selma

A travessia é libertária,
e nos transporta para a margem
onde a lua se esparrama,
e o grão brota, cria, recria,
e dissemina ramadas
sob aragens de inverno.

Na libertação, o atalho
para o cimo e para o voo.
E, na bifurcação que atordoa
dilemas, descrenças e medos,
a passagem para o sonho,
e as sanhas em estiada.

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Páscoa

SOFRE Jesus na sua Cruz,
Para salvar nossos pecados,
Uma lança é atirada,
Mais sofrimento, suor e lágrima.
Pinga sangue de sua cabeça.
Por espinhos cravados de sua coroa.
Arde a mão pelos cravos pregados,
Aonde o sangue e o orvalho da noite,
Misturado com sangue pisado,
Escorre de seus pés inchados de dor.
Sofre ele por amor,
Aonde sua cabeça pende de dor.
Não há mais vida.
Não há mais nada.
Só um corpo largado na cruz,
Que murmurou para seu Pai.
Afaste de mim esse cálice.
E a chuva cai e rebombeiam os trovões.
Riscam o céu raios e o barulho do vento,
Chega o fim.

Luis Roberto Alves Meira
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LembrarOs dias foram passando,e sem
sentir  fui me acostumando,
em um tempo ter, para poder
em ti  ficar pensando.
Houve vezes, que sem perceber
passava horas  contigo em meu
pensamento.
Já não era  coisa de momento.
Notei ser sério o meu querer.
E o medo de ti dizer?
Qual será a tua reação?
Isso é coisa que me preocupa,
nunca a ti ter me dirigido, para
algo a respeito falar.
Mas em mim a vontade não muda,
continuo  cada vez mais te olhando,
e a cada dia aumenta mais o meu gostar.


(Roldão Aires)
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Densas BrumasPaulo Silveira de Ávila

Densas brumas do tempo desprendidas
lembram a quietude da noite
contendo a ternura dos teus beijos
despertando o sol noturno dos momentos de aconchego.
Nesta vontade de vê-la
acordam instantes esquecidos
e no perfume das rosas orvalhadas
o sentir de coisas já perdidas.
A noite embala o desconsolo do poeta
num misto de saudade e tristeza
desenhando em letras disformes
recados que o vento esqueceu de entregar.
O tempo transformou em pó o ontem
e o hoje anuncia que resta apenas
a cantiga desses versos
eternizando a hora no espaço vazio.
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FELIZ PÁSCOA
Que o amor e a paz infinita de Deus
Esteja presente em nossos corações
Que possamos refletir profundamente
Preparando-nos para um novo recomeçar.

Maria Beatriz Silva
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VELA BRANCAClóvis Campêlo

Vela branca a navegar
sobre a linha do horizonte,
visão branca a macular
azuis de planos distantes.

Entre ela e o meu olhar
um elo, hipérbole, ponte,
anseios de um transbordar
se estabelece em instantes,

rasgando a seda do ar,
líquido a jorrar da fonte,
gaivota bela a lembrar
projétil em vôo rasante.

Retorno ao meu caminhar
ante que o vento me aponte
outro caminho a singrar,
outros destinos adiante.

Recife,
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                                           AURORA BOREAL

                   Meu coração hoje me acordou entoando uma doce cantiga,
                   Com a melodia e a letra, de nós todos, bastante conhecida,
                   As cortinas da janela,  fui logo, logo, com prazer afastando,
                   E vi as estrelas e a lua com luminosidade, me espiando.

                  Fitei o Céu naquele raro e especial momento,
                  E voei nas asas das nuvens com deslumbramento.

                  Eis que a aurora de brilhante formosura,
                  Anuncia o esperado despontar do rei Sol.
                  A exibir tão magnífica beleza e textura
                  Garbosa nas vestes coloridas do arrebol.

                 As  cores pinceladas da aurora nos traz,
                 O ‘azul’, recordando o manto da Senhora da Luz,
                 O ‘branco’, a cor que nos representa a paz
                 O ‘vermelho’, que nos lembra o Sangue de Jesus.

                E na revoada os pássaros anunciam o novo dia,
                Gorjeando em sintonia e sinfonia, em vozes mil,
                Cantando suavemente com espantosa alegria,
                Pelos Céus da nossa querida Pátria, Brasil.

                                   Barbacena, 01/02/2012         Dirce Lara.
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Palavra De Cidadão Honesto
Manoel Virgílio

Sei que não sou ninguém, mas sou honesto
Pois p'ra “maracutaias” não me presto.
Não ganhei comissão do mensalão,
Não voto p'ra eleger quem é ladrão,

Não voto em quem pregou absolvição,
De quem muito “mamou” no mensalão.
E nem naquele que nunca vê nada,
Nem crimes dos que são seus camaradas!

Já chega de aturar os sem vergonhas
Que tratam nosso povo com peçonha.
São víboras criadas no Congresso!

Já chega de aguentar, também, violência.
O povo já perdeu a paciência!
Agora, é hora de Ordem e Progresso!
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MedoFechar o tempo sem abrir as janelas, nem as portas,trancar a vida entre quatro moedas,
com vidros escuros, brindados e surdos.

Medo que tranca o coração,
impede abraços, sorrisos, beijos e a distribuição de flores.

A propaganda geme o sangue dos mortos pelas balas contra os pobres,
violentos, agressivos e violentados de todas as formas
reproduzidas nas telas da tv, nos jornais e em discursos.

Medo de caminhar,
de não se poder consumir, alimentar o consumidor.

Medo de sonhar,
é preciso reproduzir a mesma prática da mentira,
assegurar a segurança das elites,
que oram, rezam, dão esmolas,
tentam expiar a dor que não sentem.

Medo da lua,
que foge dos olhares,
que se fecham,
mirando o chão,
onde os pés se firmam.

Sustentar as fronteiras,
as propriedades, os templos do sistema,
fugindo da luz da morte,
que vestida com sua roupa de domingo,
espreita quem dela tem medo.

Medo do abraço,
do hálito desconhecido,
das flores com espinho,
da fome de não ter o shopping center,
sem ver a solidão dos olhares perdidos nos faróis.

Medo da verdade e da solidão,
sob bilhões de galáxias desconhecidas,
pelos ávidos pelo poder,
apenas pelo poder,
sem saber o valor do brilho do canto da ventania
em noite de lua cheia.

(pedro césar batista - 08.04.2012 - 14h48 - Brasília - DF - Brasil)
 

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Alongando a vista
                          Alongando a vista ao portão
                          percebo que lá vem gente
                          com passos ora de gigante
                          ora de pássaro curioso
                          a visitar terra estranha
                          sem que pouso ou cantoria
                          fossem sinais de cerimônia.
                          Quem vem traz um baú
                          sortimento de pequenezas
                          talvez até segredo grande
                          o que não caberia, com certeza,
                          em conversas mornas
                          de compadrios e sutilezas
                          amenidades trocadas a miúdo
                          para conformar o dia ao que está.
                                       Daladier Carlos
                                        10 abril, 2012
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MILAGRE DIÁRIO DA VIDA-FELIZ PÁSCOA TODO DIA!

Acróstico especial nº 2323
Por Sílvia Araújo Motta

M-Milagre da vida que a cada dia
I-Inicia nova etapa de fé-esperança,
L-Libertação da dor que tira a alegria.
A-A renovação da graça que alcança
G-Grandiosidade da bênção divina...
R-Recomeço de TUDO pela harmonia;
E-É a natureza que mostra e ensina.
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D-Dia de PÁSCOA! De Ressurreição!
I-Inadiável registro da Sagrada História!
Á-Avaliação Bíblica de uma Revelação!
R-Realização do Homem-Deus na glória,
I-Incompreendido aqui na face da terra;
O-Ósculo universal para nossa Vitória.
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D-Domingo de Páscoa! De Reconciliação!
A-Abrace o amigo e dê perdão ao inimigo!
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V-Viver é um MILAGRE! É luz e benção!
I-Inesquecível passagem do povo Cristão...
D-De hoje em diante, pratique a lição:
A-A Páscoa diária exige PAZ e devoção.
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DIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO!É PÁSCOA!
RECONCILIEMO-NOS COM DEUS E COM OS HOMENS!
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RUMO AO MAR

luizcarloslemefranco

O rio que flui é minha vida que passa.
O rio que passa é minha vida que reflui.
Ao contrário do rio que só caminha, flui,
minha vida  flui, reflui e flui de novo.
Ora ela está em refluxo, para dentro, para mim,
como uma maré baixa, sem muitas ondas,
sem movimento externo, sem avançar no espaço e tempo.
Quando ela flui, as ondas são grandes, poderosas, construtivas.
Quando reflui, pensa, recolhe o conhecimento conseguido e o processa.
Quando caminha como o rio, para frente, rumo ao mar,
 leva todos os obstáculos, atinge seu destin
alcança a união de todas as águas, de todos os frutos,
de tudo que está entre a nascente e o mar.
A  vida minha - eu - se produz neste vai e vem,
indo ao meu interior, ao meu deus íntimo,
à fonte de toda existência, coletar conhecimento,
e quando se consegue mais cheia de energia, mais sábia,
volta ao mar eterno de sal da terra, onde deixa os dissabores,
os gravetos do meio do caminho e flui e reflui
novamente para a fonte das águas puras na existência do inconsciente.
Depois de muito vai e vem, transborda finalmente na água de todos
rumo ao fim do trajeto,  o que  produziu no seu trajeto
nestas idas e vindas de aprendizado e ensinamentos, enriquecendo este mar,
que volta a abastecer as minas através de evaporação e chuvas,
mantendo o fluxo e refluxo da vida.
Nada se perde  neste mundo, tudo de recicla, sempre vive,
ora como água  da mina, ora junto com o sal do mar,
mas tudo é água que flui a vida,
como a minha vida  que flui, reflui e que  passa como o rio.
Rumo a eterna água do mar, à vida maior.
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Seu Fortunato, o meu pai,
era contador de histórias


Às vezes fico pensando
Como a vida é diferente
Do tempo da minha infância.
As lembranças vêm à mente
Deixando a lacrimejar-me
Os olhos, pois, mansamente.

Morando no Jerimum[i]
Com meus pais, numa casinha
De taipa, tenho a lembrança
Que todo dia, à tardinha,
Meu pai contava uma estória
Aqui pra sua filhinha.

E era sempre uma estória
Rimada e metrificada
Que ele trazia na cuca.
Uma estória decorada
De dragão, reinado, príncipe
E de princesa encantada.

Estórias que me levavam
A lugares encantados
E a sonhar com bonecas
De cabelinhos dourados
Pois a minha era de milho
Plantado ali nos roçados.

Tinha estórias de dragão,
De duques e de duquesas,
Rainhas más, que traiam
E maltratavam princesas
Mas que eram castigadas,
No fim, por suas vilezas.

Estórias de traição
Por ambição, por dinheiro,
Que trazia, no final,
Um castigo verdadeiro
Para aquele que traia.
Seguindo, assim, um roteiro.

Estórias de amor perfeito
Onde o par apaixonado,
Pela ambição dos pais
Via-se, pois, separado,
Mas que no final na estória
Terminavam lado a lado;

De animais que falavam
E pensavam como gente
Que tinham comportamento
Sempre mui reto e decente,
Dando-me lições em versos,
Tornando-me consciente;

Estórias de lobisomem,
De zumbi, alma penada,
Que me deixava, por vezes,
Com a pele arrepiada.
E pra aliviar um pouco,
Já contava uma fada.

Assim eu adormecia
No seu colo, a escutar
As estórias inventadas
Por aquele pai sem par,
Ou algumas que ele ouvira
E viera a decorar.

Pois nas feiras, no Domingo,
Coisa que sempre ocorria,
Ele comprava um cordel
Que o folheteiro vendia
Cantando no meio da feira,
E para casa trazia.

Do Pavão Misterioso;
Princesa da Pedra Fina;
O Menino dos Bodinhos;
Cancão de Fogo, o traquina,
E muitos outros, que lembro
E, sei, mudou minha sina.

E minha mãe, que aprendera
Ler sem qualquer professor,
Lia cantando o cordel,
E ele, bom receptor,
Já decorava e passava
Para a filha (eu) com amor.

Eu agradeço ao meu pai
Que, inda sendo analfabeto,
Não deixou de demonstrar
Pra com seus filhos o afeto
E a forma de demonstrá-lo
Foi do modo mais completo:

Cantando velhas modinhas
E cordéis metrificados;
Contados estórias diversas
De rainhas e reinados;
De bichinhos que falavam,
De castelos assombrados.

E pra que isso não morra,
Eu quero continuar
A contar belas estórias
Que possa vir a alegrar
A meninada que, agora,
Leva a vida, a toda hora,
Na Internet a navegar.

Rosa Regis
Natal/RN – 19.01.2012 – 00:36h
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 “NAS ALTURAS”  ( homenagem a Ayrton Senna)














[i] Jerimum – Sítio Jerimum – município de Jacaraú-PB




Voava baixo, com o turbo totalmente aberto.
Numa curva de alta velocidade deixou deslizar seu belíssimo carro,
como se fosse um esqui, sobre uma pista de neve.
Vislumbrou, num segundo, o caminho que levava ao autódromo celestial.
Já estava sendo aplaudido de pé, por tantos que lá já habitavam.
Ergueu o braço, com o punho balançando ao vento, como sempre fazia ao cruzar a linha de chegada, sob os aplausos de todos.
Parou, para apanhar a bandeira "verde e amarela" que tanto amava,empunhou com orgulho, levantou-a bem alto para que todos vissem o quanto amava este País.
Abriu um belo sorriso e deixou-se embalar pela emoção.
Sentiu-se leve.
Sentiu como se estivesse no céu.
De relance, percebeu o quanto havia mudado.
Parecia não entender muito o que se passava, no entanto, novamente a vitória o conquistava,elevava seu ser e, isso é o que importava.
Não sentiu tristezas, somente alegrias.
Estava novamente no pódium.
Era outra vez o primeiro, o melhor de todos.
Era a alegria de todo o Universo.
Chorava e sorria.
Estava novamente feliz.
Compreendeu, finalmente, que de agora em diante não seria mais a cobaia das pistas, pois a certeza do infinito lhe aparecia com clareza.
Acenava à todos.
Tomou consciência de quanto era amado, idolatrado.
Por isso, chorava e sorria.
Na "Travessia das Vidas", saiu-se como o melhor, como um tri-campeão.
Vai correr agora para nossos entes queridos que não se encontram mais entre nós,para que também possam vibrar com o nosso herói.
Para nós, a bela lembrança dos tempos idos que amaste a Tua Pátria com todas as tuas forças e todo o teu coração.
Segue o teu caminho e não te preocupes, pois jamais irás derrapar nas lágrimas de teus fãs.
Obrigado por tudo que nos deste.
És agora um sol, pois possuis teu brilho próprio, conquistado com tanta bravura e galhardia.
És o "Grande Brasileiro" que conseguiu unir todos os irmãos.

Júlio Cesar Bridon dos Santos  -  JC BRIDON
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LE DEMAIN


Demain sera le jour où le soleil de l’espoir
M’amènera sur le chemin de mutation
Devant moi… Une nouvelle présentation
Pour la prise de conscience et conviction
Je deviendrais devant vous au montoir
La… On aura compris  la valeur de la Liberté
Je lui ferais en toute moralité…
Pour la garantie de mon peuple en dignité
Pour une prise de conscience collective
Pour l’intérêt et la défense nationale …
Pour l’amour de la Patrie… son Hymne… et son Drapeau
Pour la solidarité nationale, régionale et internationale…
Et ensemble…  On se prend par la main…
Et librement … Nous tracerons le chemin 
Vers la Paix, la Sécurité et le développement
Nous garantirons  ainsi notre destin…
Pour le bien et le  bonheur de tous
 Antonio Andrade Lopes Tavares (N'KRUMACHEKING)
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QUE VIDA! QUE AMOR!

Vou fazer setenta anos
de pura felicidade.
Só prazer, nada de enganos
nossa vida é de verdade.

E é por esta razão
que eu vivo a poetizar.
Mas se falta a inspiração
 começo então  a cantar.

À vezes canto sozinho
ou mesmo fazendo dueto.
Aqui, ali ou no ninho
como parte de um concerto.

Eu e Ivanir,  adorada
uma das grandes mulheres...
De todas a mais amada
Nosso amor?... de mil talheres!

AUTOR: MOYSÉS BARBOSA
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TODAS AS FASES...

Sorrateira, vem a lua... se aproxima com cautela...
Desce aos poucos do seu trono, vem dengosa, vem tão bela!
Por uma ponte de nuvens, se aventura, desce... desce ...
Chega assim, tão de mansinho - ai, a lua me enlouquece...


Confesso: eu e a lua, nos amamos loucamente!
- Pobre mortal, a cobiço, como se fora um demente.
Não, eu não estou insano - acredito nesse amor...
Lá do alto, ela me tenta - sou humano... por favor...

Maliciosa a mim se mostra, essa lua apaixonada,
Em todas as suas fases, de uma forma descarada...
Eu me acabo, me alucino... e à cada transformação,
Palpitante de desejos, fica ardendo o coração!


Uma pequenina parte, ela mostra na MINGUANTE.
Mas quando vem na CRESCENTE, seu desejo é alucinante!
Uma NOVA e bela lua, me enlouquece e me seduz...
Esplendente, e toda CHEIA, ela é um tesão de luz!

Um romance inusitado – qual o homem que não quer,
Com a lua que desceu, para se tornar mulher?
O céu então a procura... onde está? Não adivinha?
Em todas as suas fases, na cama ela agora é minha!!!!

Mírian Warttusch
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REALIDADE

Antonio Augusto Bandeira

O passado  não costuma voltar facilmente. O esquecimento de fatos, pessoas, é normal com os cabelos brancos. Mas sempre ocorrem exceções.
Um nome, uma frase, um fato, sacodem a mente e fazem retornar o esquecido.
Estava  curtindo uns dias em Canela e comigo aconteceu.
Mas o jovem não mais existe.
O tempo passa, muda.
O importante é  o  hoje, o agora.
Futuro é futuro,
Passado já foi.
Esquecer raiva, ódio,  egoísmo. Ver o melhor das pessoas. Ajudar sempre que possível.
Devemos sempre buscar auxiliar.
Numa serra encantada,  lotada de pessoas, chocolate, com um livro que ainda não terminei de ler, me permiti divagar também sobre gente.
Afinal convivemos com pessoas, não estamos isolados.
Vamos  respeitar divergências. Fazer a realidade sempre melhor.
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SUAVE CARÍCIA
Ceres Marylise


Quando
sinto tua falta
voo bem
devagarinho
e passo a mão
no teu rosto
com um suave
carinho.


Tu não me vês
mas me sentes,
pois me filtro
em teus ouvidos
com meu
anúncio de amor
despertando
teus sentidos.
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SUA FALTA
Tanny Voigt

Sua alegria intensa de viver
Dá um novo colorido a minha existência
Sua maneira gentil e amiga de proporcionar alegria
Me faz um "ser" melhor
Sua inteligência tão eloqüente e sábia
Me estimula à novos conceitos e definições
Sua caminhada matinal colhendo flores dos mais diversos aromas
Torna meus dias floridos e aromatizados
Sua maneira intensa, firme e terna de olhar
Confirma seu amor por mim
Sua  carinha de menino travesso quando encontra meu olhar
Desperta o tesão de sempre lhe pertencer
Suas mãos quentes e protetoras envolvendo meu corpo
Arrepiam meu corpo ansioso de ti
Sua pele à tocar a minha sem medos e falsos pudores
Me transporta ao paraíso
O que me falta?
Nada.
Você supri todas as minhas necessidades de amor e paixão
Que mais posso querer?
Que você esteja sempre pertinho do meu coração. 
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Amor de Meus Sonhos!
Theca Angel


Amor imenso, sem reservas
Aquele amor sedento de verdades
e ocultos segredos, à saciedade...
Enleios que só o sentir preserva!

Amor carente por doces carícias
 Livre como um pássaro para ir
e vir quando bater a saudade
Que detenha aventuras e malícias!

Este o amor que é tudo, que é beleza...
Um amor cheio de vontades
 Onde a imaginação vence a realidade
com pés no chão e ilógicas incertezas!

Amor de minhas adolescentes loucuras,
Que faça doer o corpo de paixão
Deixe vibrar cada célula com ternuras
Eme entregue à mais perfeita união!

Um amor que, apenas ao me tocar
seja mais que sempre, sem restrições
Tenha algo de celestial, luminoso,
 angelical e sutilmente pecaminoso!

Um amor de arrebatadores momentos
Que deixe em nós imensas saudade
E aquela intensa vontade, de...
Um rápido retorno e cálido eencontro!

Como este, não deve haver outro igual 
Assim sublime, nunca  mais irei encontrar.
Quero a este amor, saciar-me até meu final...
E além, na eternidade, continuar!...
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DESENCANTO

Caminhos do desamor
    desencanto e dor
traçam os politicos da Nação.
Escravizam econômicamente,
   uma sociedade pálida
pobre de atitudes e ideais
débil na retomada da luta
   do resgate social


  Brasil de tantos patifes
loucos pelo poder politico,
ávidos pelos cifrões e status.
Até quando? Povo sem líderes
Terra do Elefante,Nação.
  Não chore,povão:
Erga-se!organização,ação
Se tarde,melhor que nunca!
         
               Darcy Paula Cavalcanti
                   11.04.2012 - Após jornais...
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O Dom
Quem me dera desse a nota em minha alma canção...
E que meu ser fosse erudito,
Para transpor de forma clara a paixão.
Bem que esta na verve o nobre sentimento de amor,
Vem com toda  dor o intimo de inspiração,
Sem lograr êxito de um falso dom.
Todo tom vem da alma;
Inexprimível gemido do coração,
Voz que canta em falsete a toada do trovador.
Quem me dera fosse o meu tempo agora,
Somente uma bela canção...
O quão bendito me faria instinto, cantar por amor!
Viveria a beleza da vida na mais pura emoção.
Cesar Moura
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VERBO INFINITO

Matar não é verbo,
é algo que cala o infinito.
Morrer é verbo misterioso,
que conhece o infinito,
mas nunca fica lá.
Viver é verbo do acaso.
Possui opções infinitas,
Porém, não quer ser somente verbo.

Se verbo fosse palavra,
vida e morte seriam sugestões.
Matar seria algarismo.
Viver, uma oportunidade.
Morrer, uma tragédia.

Matar não é verbo,
é um buraco no caos.
Morrer é misericórdia,
que o Universo nos oferta
porque na alma não está.
Viver é verbo sem adorno,
é um nu, sem apelações,
porém, existe até sob o pó.

Se verbo fosse palavra,
o tempo não existiria.
Matar seria um colosso.
Viver, uma dúvida divina.
Morrer, perderia o verbo.
Nadilce Beatriz
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Cachoeira de interesses escusos
                                                             Carlos Lúcio Gontijo
       Não suportamos mais a divulgação seletiva de denúncias que ocorre na grande mídia. Temos acompanhado, principalmente por intermédio da internet, o rumoroso caso Carlinhos Cachoeira e estamos cada vez mais convencidos de que urge a democrática elaboração de um marco regulatório para os meios de comunicação, sob o objetivo de salvar tanto a liberdade de expressão quanto o direito à informação, que de maneira alguma podem deixar de ser fruto da realidade e reduzidos a simples peça de ficção determinada pelos escusos interesses políticos de uma mídia partidarizada.
       Definitivamente, não dá mais para assistir à transformação da notícia em mero enredo para a pretensa capacidade de escamotear os fatos através de edições jornalísticas pontuadas pela criatividade dos editores. É somente sob esse prisma que podemos analisar a intencional decisão de os grandes meios de comunicação não levarem em consideração os cerca de 200 telefonemas (detectados em operação policial) trocados entre Policarpo Júnior, editor da revista Veja, e o Carlinhos Cachoeira, que numa ingênua versão parcial pode ser tomada como uma espécie de união salutar em prol do indispensável jornalismo investigativo. Ou seja, a revista detinha (ou detém), no caso, a magia de exorcizar o diabo impregnado em sua fonte (ou cachoeira) interlocutora e sair-se livre de toda contaminação, após a manutenção de estreito contato durante oito anos.
       Infelizmente, a grande mídia abandonou sua simbólica, porém real, condição de quarto poder, para se inscrever como partido político, galgando um falso patamar em que não é reconhecido, angariando desconfiança e descrédito junto à população, com evidente perda de influência no campo da opinião. A população não aceita mais os dois pesos, as várias medidas e a parcialidade com que a mídia maior vem tratando os assuntos, mostrando-se cada vez mais especializada em descortinar e defenestrar seus supostos desafetos ou pedras no caminho de suas intenções sempre acima de qualquer suspeita, quanto capaz de elevar aos píncaros da fama e notoriedade parlamentares como Demóstenes Torres, que vinha pousando de paladino diante das câmaras de tevê e páginas de jornal, que lhe destinavam uma cachoeira de espaço e louvores pelo exercício de xerife da moral e da ordem republicana.
       Os tentáculos do escândalo Carlinhos Cachoeira derramam sobre a nação brasileira o horizonte explícito de quanto nossa democracia ainda é frágil e desprotegida, uma vez que a união de uns poucos delinquentes com poder de trânsito e influência junto às elites políticas e poderes da República é suficiente para desestabilizar e até encantoar o próprio governo. Nesse sentido, o escândalo Carlinhos Cachoeira é tão potencialmente grave e bárbaro que nos conduz ao pensamento de que liberdade de expressão e informação desprovida de qualquer regulação é o mesmo que abolir a prisão de cidadão criminoso em nome do supremo direito constitucional de ir e vir, numa extrema adoção do dístico “é proibido proibir” de que se valem os inimigos da verdadeira democracia, que não sobrevive em ambiente de anarquia, desordem e vale tudo.
       Carlos Lúcio Gontijo
       Poeta, escritor e jornalista
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Suplicantes permutas

A clemência defende o Planeta
Os invasores corruptos da natureza
Depredam a beleza
Danificando sua  placenta

Lamentos de sobrevivência
Expelem descontentamento
Bradam com paciência,
O ressuscitar do momento

O Planeta  lamenta
A indiferença  e a frieza.
O apelo aumenta
Espantando a incerteza

Predadores do meio  ambiente
Farejam estupidamente
Os presentes dessa fortaleza
Lançam-se ávidos à riqueza


Reina a corrupção...



A mídia  esconde o cidadão,
Estes são ladrões de jornais
A maioria usa a percepção
Os políticos os  canais

As notícias são  ínfimas
Escândalos sem soluções
Brasileiros ficam íntimos
Dessa vocação sem  emoções

Mascaram-se nas eleições
Transgridem  sem condições
Prevendo o enriquecimento
Controlam o momento
      Eloisa Menezs Pereira
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Parte do Amor
Saudades, parte do amor

que se porventura, tomar
conta de tua mente, difícil
será com ela conviver.
Saudades, se aloja no peito,
dentro do coração, e dalí
não sai tão facil não.
Saudades, parte do amor
que mais dói, mais tortura.
Amar, e sentir saudades,
é algo que não se quer ter.
Dia e noite, vive-se por viver.
saudades, és a parte do amor
que mais  machuca e sufoca
e a que mais faz sofrer.


(Roldao Aires)
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A Viagem e a Vida

Sigo a caminhar pela estrada
Andando em frente e carregando a mala
E  cabisbaixa olhando para o chão
Aquele asfalto austero, negro e frio
Eu como viajante carrego somente o necessário
Mas encho a mochila de coisas que para mim nada servem
E o peso é grande e procuro não aliviar este peso
Como é pesada a desilusão, a magoa e o rancor
A angustia, o desespero, a solidão e a tristeza
O caminhar na estrada da vida começa a cansar-me

Porque há um sobre peso na minha mochila
E esse peso atrapalha eu andar mais rápido
Embora não acredite que vou realizar aquilo que quero
Sou uma viajante que não tenho rumo certo
E esta viagem que faço é em busca de uma vida melhor
Mas esta viagem esta pesada porque meus pensamentos
Tem muitas lembranças ruins e ao mesmo tempo esta mochila
Fica mais pesada e sentindo falta de um amigo sincero
De um encontro agradável onde joga-se conversa fora

Não preocupando-me com a hora mais sim com o prazer da conversa
Mas continuo o meu caminho em busca de meus anseios
E também o meu desejo é de que algo bom poderá me acontecer
Ou será um mero engano o sobreviver na viagem da vida?
O caminho parece longo e sinto-me cansada de carregar esta mochila
Pesada, e só vejo uma solução para a minha caminhada ficar mais amena
É jogar fora tudo de ruim que esta dentro desta mochila, tornando-a
Mais leve então conseguirei tornar mais alegre a minha viagem
Pela vida!


Regina Mercia Sene Soares

Um comentário:

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